A História da Santa Terezinha do Menino Jesus
Desde
muito cedo Teresa Martin iniciou sua devoção ao Menino Jesus. Aos seis anos e
meio, começa a se preparar para a primeira comunhão, sendo catequizada
por sua irmã Paulina. Graças a esta catequese, o amor ao Menino Jesus vai
aumentando em seu coração. Ao falar deste período, nossa santa afirma que
"amava-o muito" (A 31v). Não é, pois, de se estranhar que à época de
seu primeiro chamado à vida carmelitana, tenha aceitado com entusiasmo a
proposta de Madre Gonzaga de se chamar "Teresa do Menino Jesus" quando
ingressasse no Carmelo. Após prepará-la para a primeira comunhão, Paulina, já
Irmã Inês de Jesus no Carmelo de Lisieux, convida a menina a considerar sua
alma como um jardim de delícias no qual é preciso cultivar as flores de
virtudes que Jesus virá colher em sua primeira visita.

A partir do dia 9 de
abril de 1888, data de seu ingresso no Carmelo de Lisieux, Teresa pode,
finalmente, realizar seu sonho de menina: assina suas cartas durante todo o
postulantado como "Teresa do Menino Jesus" (Ct 46-79). No dia 10 de
janeiro de 1889, dia em que recebe o hábito, assinará pela primeira vez
"Irmã Teresa do Menino Jesus e da Santa Face", que será seu nome
definitivo de Carmelita (Ct 80). Quando entra na clausura, a primeira coisa que
lhe chama a atenção é o sorriso de seu "Menino cor de rosa" (A 72v),
que a acolhe. Ela se encarregará de colocar-lhe flores desde a Natividade de Maria:
"era a Virgenzinha recém-nascida que apresentava sua florzinha ao Menino
Jesus". (A 77r).
Teresa dedica muitas
poesias, recreações piedosas e orações ao Menino Jesus, ao mistério do Natal e
aos primeiros anos da infância de Cristo. No dia 21 de janeiro de 1894 cria e
oferece à Madre Inês, em sua primeira festa como priora, uma pintura a óleo do
Menino Jesus, a que intitula como "O sonho do Menino Jesus". Este
quadro mostra o Menino Jesus de olhos abaixados, brincando com as flores que
lhe são oferecidas. Ao fundo aparece sob a claridade da lua a Sagrada Face
debaixo da cruz e cerca dos instrumentos da paixão. Em uma carta enviada no
mesmo dia (Ct 156), Teresa comenta seu quadro: longe de temer os sofrimentos
futuros, o Menino Jesus conserva um olhar sereno e até sorri, pois sabe que sua
esposa (Irmã Inês) permanecerá sempre ao seu lado para amá-lo e consolá-lo.
Quanto aos olhos baixos, estes mostram sua atitude quanto à própria Teresa:
"Ele está quase sempre dormindo". Neste último detalhe já vislumbramos
uma prefiguração da grande prova de fé que irá acompanhá-la em seus últimos
dias.
Nos finais de 1894, a jovem carmelita
descobre sua "Pequena Via". A infância espiritual do cristão, feita
de confiança e abandono, deverá se moldar na própria infância de Jesus, em seu
caráter de
Filho, tão
particularmente representado nos traços de sua infância. No dia 7 de junho de
1897, Teresa se deixa fotografar, tendo nas mãos as estampas do Menino Jesus e
da Sagrada Face. Sobre a imagem do Menino Jesus, conhecido como "de
Messina", Teresa copia o versículo de Pr 9,4: "Quem for pequenino,
venha a mim".
Fonte: http://www.santuariosantaterezinha.com.br/santuario/index.php/historia-padroeira
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