Casamento ou Matrimônio? Eis a questão!
Diác. Luiz Antônio
Foto: Divulgação
Quando duas pessoas decidem se casar a primeira coisa que
pensam é na organização da festa, desde os convites até a recepção, tudo
bem que assim façam. Porém, quando o assunto é a cerimônia na Igreja aí
surge a grande questão, porque estão deixando de ver o mais importante
que é a celebração de um Sacramento, passando a enxergá-lo como algo
dispendioso e desnecessário.
É de impressionar a quantidade de noivos que têm abordado os padres
ou diáconos propondo o seguinte: “Queremos nos casar, mas sem celebração
na Igreja, e sim no local da festa porque os gastos são enormes”, eis
uma abordagem. Outros dizem: “Como sabemos que o rito só pode ser
celebrado na Igreja, a gente desejaria que o senhor fosse ao local da
festa – lá vai estar montado um cenário, estaremos nós e os padrinhos – e
o senhor diz uma palavrinha e dá-nos uma bênção simples”; ou ainda:
“dias antes, iremos a Igreja que frequentamos pedir ao padre que ele
abençoe nossas alianças e no dia da festa o senhor, diácono, dá uma
palavrinha e tiramos as fotos para registrar”.
Não se assuste você, caro leitor, porque estas abordagens são
consequências de uma sociedade descristianizada, que está tirando Cristo
do centro. Pessoas que têm enxergado a união nupcial apenas como um
casamento, um fato social economicamente dispendioso, casar para
festejar com a família, os amigos e quem sabe até para dar razões à
sociedade, por isso priorizar a recepção ao rito. Não pensam esta união
no aspecto de Matrimônio, de Sacramento, crendo naquilo que é unicamente
necessário, celebrar a beleza do mistério de Cristo que os une de tal
modo que “eles já não são dois, mas sim uma só carne” (Mt 19,6a) e que a
celebração da liturgia deste sacramento deve ser o ato mais importante,
visto que é a força do Cristo que será o sustento na vida deles, nos
momentos de alegria ou de tristeza, de saúde ou de doença, de bonança ou
tempestade, ou até mesmo quando ameaças quaisquer quiserem destruir
este amor. Daí irão lembrar que foi Deus que os uniu, os confirmou no
amor, e por isso devem seguir em frente até que a morte os separe.
Vale lembrar que o Código de Direito Canônico, que regula inclusive a
vida sacramental da Igreja, tendo em vista, sempre, a lei suprema da
salvação das almas, proíbe os sacerdotes ou diáconos de assistirem o
Matrimônio fora do ambiente sacro e muito menos de fazer uso de
simulações, como as exemplificadas. No entanto, os que desejam contrair o
Matrimônio Cristão devem aderir ao Ritual Litúrgico, pois não são as
pessoas que devem ditar as normas na Igreja, ou querer que aconteça
dessa ou daquela forma. A Igreja como dispensadora dos mistérios divinos
zela pelo que é sagrado, acreditando fielmente que o zelo passa pela
ordem, a ordem gera vida, e a vida gera felicidade.
Pensando assim, você que é cristão católico enxergue o Matrimônio na
dimensão do que ele é, de fato, Sacramento, e não um casamento de
qualquer modo, em qualquer lugar. E mais, se você pensa em contrair as
núpcias não se deixe contaminar por estas terríveis e famigeradas ideias
que tentam banalizar o que é sagrado.
fonte:http://www.arquidiocesedemaceio.org.br
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